quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Soundgarden no Lollapalooza: o relato de um fã - TMDQA!

Cheguei tarde no segundo e último dia do Lollapalooza 2014. Eram 16:30, para ser um pouco exato. Estava ali apenas por uma banda, Soundgarden. Separei dos meus amigos e caminhei, caminhei, comprei uma cerveja e caminhei.
Uma pequena multidão já estava ali bem na frente do palco. Consegui ficar do lado direito a apenas uma pessoa de distância da grade.
Faltava muito tempo para o início do show, então, enquanto eu tremia pirado esperando as primeiras microfonias, resolvi conhecer quem também estava por ali. Havia uma garota de Belém, uma do Paraná e um de Brasília. Olhei ao redor, era incrível o número de mulheres.
Os roadies passavam as guitarras e testavam as luzes do palco. Hora de esperar por mais alguns bons minutos. Eu tremia. Tremia muito. Alguns tragos para passar o tempo. Queria estourar logo. Então, apagaram as luzes.
A gritaria era imensa. Kim Thayil caminhou para a sua guitarra. Ao fundo, a introdução de “Searching With My Good Eye Closed“. Ali está eu, um porco, esperando o demônio não falar, mas sim gritar. Finalmente, o estouro!
Riff pesado, baixista lunático, vocal sensacional! Eu não pulava, a multidão me fazia pular. Sequência de peso com “Spoonman“, “Flowers” e “Outshined“. Chris Cornell encarava o público, mordia os dentes. Nos intimava de maneira hipnótica. Não precisava, a gente não ia parar em nenhum momento.
Eis que em introdução solo, Cornell puxa os acordes iniciais de “Black Hole Sun“. A hora dos isqueiros. Coral de falsetes para a bela voz de Cornell. Logo em seguida, ele agradece, pede desculpas pela demora da banda tocar no Brasil e nos oferece “Jesus Christ Pose“. Nos intimida novamente com uma cruz formada com sua guitarra e pedestal. Fecho os olhos e não paro de balançar a cabeça. A sujeira é grande neste som. Não preciso de mais nada.
O show caminha, para minha sorte, demora bastante. As músicas parecem não ter fim. “Like Suicide“, “Been Away Too Long” (única do novo disco King Animal, que segundo Cornell foi feito para nós), a surreal “The Day I Tried To Live“, “My Wave” e “Superunknown“. Sequência matadora do disco Superunknown, que completa 20 anos de lançamento.
Os isqueiros voltam, é novamente a hora do coro. “Blow Up The Outside World” durou um pouco mais, afinal, não parávamos de cantar os versos finais. E não paramos, mesmo após o término da música. Mais hits na sequência. “Fell On Black Days” e “Burden In My Hand“.
Ben Shepherd, que não parou um minuto e até virou seu microfone para o nosso lado, começa a despejar água em seu baixo. Ele esfria seu instrumento. Algo mais fervente está por vir. “Rusty Cage” explode. Ele erra o chute na garrafa de água e sai pulando feito um lunático. Ele não para.
O final do show está próximo. Cornell ergue uma bandeira do Brasil enquanto a barulheira inicial de “Beyond The Wheel” nos coloca no inferno. Soa bem Sabbath, dá medo de ficar ali, mas não quero sair. Imagino o que está por vir.
Mas não veio como imaginei. Veio infinitamente melhor. Cornell e seu vocal rasgado mostram fraqueza, mas ele continua, não para, intimida ainda mais. Ele desce. Amassado na grade esperando ele passar por mim e por centenas de mãos ao meu lado. Ele corre de um lado para outro, não para de gritar e volta ao palco. É o fim, Ben arremessa setlists como aviões de papel. Realmente é o fim. A microfonia é ensurdecedora. É genial. Kim e Ben não param. Eu não quero que parem. Quero ficar surdo. Eles saem do palco.
Se o inferno tiver essa porrada sonora que presenciei, é lá que quero estar. O povo caminha e sobe o morro lentamente. Estou baleado. Preciso de uma cerveja apenas, para tentar me esfriar e voltar à realidade. Estou com os olhos bem fechados e lembrando de cada momento. Realmente, foi o show que eu tentei viver para poder ver e valeu muito.

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Nirvana 30/10/88 – Primeira vez que Kurt quebrou uma guitarra

No dia 11 de Outubro de 1988, o Brasil comemorava a vitória de Ayrton Senna em Suzuka, sendo o seu primeiro título no campeaonato mundial de Fórmula 1. Do outro lado do mundo, mais precisamente em Olympia, EUA, o Nirvana se preparava para mais um de seus pequenos shows domésticos. A banda havia acabado de gravar uma demo de quatro músicas no Reciprocal Studios e se preparava para o lançamento de seu primeiro single, “Love Buzz“. O show, ou melhor, a festa no K-Dorm de Evergreen, contava com outras 3 bandas, Cyclods, Helltrout e Nisqually Delta Podunk Nightmare, e foi idealizada em comemoração da véspera de Halloween. Para o evento, Kurt Cobain e Krist Novoselic derramaram sangue falso em seus pescoços. O sangue escorria rápido, assim, na mesma velocidade que a carreira do Nirvana crescia. O fato mais curioso da noite, não aconteceu durante a apresentação da banda de Cobain, e sim, do Nisqually, quando o baterista esmurrou o rosto de um cara e generalizou uma briga. A polícia do campus apareceu e acabou com a festa. Ryan Aigner, um dos organizadores da bagunça, conseguiu convencer os policiais a deixarem o Nirvana tocar. Finalmente no palco, o Nirvana realizou uma de suas melhores apresentações. Kurt Cobain tocava com intensidade. Krist e Chad Channing englobaram toda a energia e pesaram ainda mais os assustadores e potentes gritos de Kurt. “… ele tocou com uma energia que eu jamais havia visto”, lembra “Slim” Moon, em trecho do livro Heavier Than Heaven. Mas o clímax ainda estava por vir. Ao final do show, Kurt, ergueu sua guitarra e com um violento movimento em direção ao show, esmagou o instrumento no chão. Uma pausa de 5 segundos. Kurt olhou a plateia e novamente direciou a guitarra ao chão. “Ele nunca explicou por que se comportou daquele jeito maluco, mas ele estava sorrindo” lembra John Purkey. Foi a primeira vez que Kurt Cobain destruiu uma guitarra. Talvez a comemoração do caminho que sua banda tomara. Daqui 3 semanas, “Love Buzz” estaria pronto. Com as vendas, Kurt Cobain teria dinheiro para comprar uma guitarra nova.

NIRVANA PARAMOUNT ’91: Análise completa do show

Dia 31 de outubro de 1991, a manchete do New York Times informava da existência de um relatório que confirmava a presença de armas nucleares no Irã. Era o auge da Guerra do Golfo. Do outro lado dos Estados Unidos, o Nirvana chegava pela manhã em Seattle para fechar a turnê de lançamento do disco Nevermind, que até aquele momento já havia vendido meio milhão de cópias e recebera disco de ouro. Mesmo com o início do sucesso, Kurt Cobain saiu com sua amiga Carrie Montgomery para comprar meias! Ele selecionou uma boa quantia de meias brancas e cuecas samba-canção e na hora de pagar, tirou os tênis e começou a recolher notas cheias de fiapos de tecido. Até aquele momento, Kurt também não tinha um lugar para dormir, já que passava o tempo em hotéis e na casa de amigos. Para o show da noite, Kurt convidara o Bikini Kill para ser a banda de abertura, banda de Tobi Vail, uma ex-namorada de Cobain. Era irônico, afinal, Tobi foi influência para diversas letras do Nevermid, em que claramente é visível um Cobain fragilizado pelo término do relacionamento entre os dois. Além disso, ele convenceu Ian Dickson e Nikki McClure para participarem como dançarinos o show inteiro, claro, eles foram amplamente ignorados pelos câmeras que gravavam o show. Kurt se irritou com essa atitude, o que alterou toda a sua performance durante a noite. Mesmo assim, o show foi incrível! Com a frase de Cobain: “essa música é de uma banda chama The Vaselines, eles são de Edimburgo, Escócia e são muito punks”, a banda iniciou com uma versão amplificada de “Jesus Want’s Me For A Sunbeam”. “Aneurysm” vem na sequência, uma das melhores versões ao vivo, da canção sobre heroína que é um tiro na cara quando era utilizada nas aberturas dos shows do Nirvana. Seu verso calmo e as marteladas de Dave Grohl na bateria mostram que o show realmente começou, e que vai ser bom. O setlist mantém o padrão da turnê de 91, com a sequêncua de “Drain You”, “School” e “Floyd, The Barber”. A música a seguir é a que realmente chama a atenção. Com Krist Novoselic dizendo que meninos brancos funks são um lixo, os acordes iniciais de “Smells Like Teen Spirit” ecoam por todo o lugar, o público grita insanamente. É a primeira vez que a música é tocada em Seattle depois do lançamento do disco. A banda está muito afinada e a canção ganha força a cada segundo em que é executada. Os gritos de Cobain no refrão estão fortes, mesmo após uma turnê inteira. Acho que ele sentia o mesmo quando apresentou a música aos companheiros de banda meses antes, porém agora, apresentava aos seus amigos e companheiros de movimento grunge. O setlist é muito bem montado, com a sequência de “About A Girl”, “Polly” e “Breed” (presentes no Live! Tonight! Sold Out!) e “Sliver”. Em seguida, as notas iniciais do baixo de Novoselic puxam “Love Buzz” (primeiro single lançado pela banda em 88), o público vai à loucura e canta junto. A canção, dominada pelas microfonias da guitarra de Cobain, é uma explosão de energia de pouco mais de 3 minutos. Kurt faz o inferno em sua Fender Jaguar durante o barulhento solo. Uma das melhores versões ao vivo desse cover do Shocking Blue. A bela “Lithium” mantém o público cantando junto (várias imagens desse show podem ser visto no clipe da mesma música), seguida pelo peso das canções afinadas em D: “Been A Son”, “Negative Creep” (versão do From The Muddy…), “On A Plain” (excelente versão) e “Blew”, faixa de abertura do primeiro disco da banda, Bleach, e que encerrou os shows da banda até 1993. A banda sai do palco e volta para o bis com uma surpresa, pela primeira vez ela tocaria “Rape Me”. A polêmica canção só saiu em 1993, no (melhor disco de todos os tempo) In Utero, porém fez parte de vários setlists até o seu lançamento oficial. “Territorial Pissings”, já com uma voz falha de Cobain encerra um dos melhores shows da banda de 1991. Em seguida, outra surpresa, antes do famoso quebra-quebra de instrumentos, a banda toca ”Endless, Nameless”, faixa secreta do álbum Nevermind. E falando da destruição final, ela é sensacional! Kurt gira inúmeras vezes sua guitarra no ar, a enfia em um ventilador e joga para cima, no final, braço de um lado e corpo da guitarra para outroa. Krist ainda tem energia para rebatê-la com seu baixo improvisando um taco de beisebol, enquanto que Dave Grohl executa as batidas finais em sua bateria. Era o final de um dos melhores shows do Nirvana. Após o show, Kurt encontra amigos e sua irmã Kim. Ele ainda passaria a noite com sua ex-namorada Tobi Vail, deitados em um quarto de hotel, junto com mais meia dúzia de pessoas. Ainda depois do show, Kurt encontrou um amigo de infância, Steve Shillinger, filho de uma família que abrigou Kurt por alguns meses em sua adolescência. Steve disse: “Agora, você realmente é famoso. Você está na TV, a cada 3 horas!”. Kurt respondeu: “Realmente, eu não notei. Eu não tenho televisão no carro onde moro”.

O ENCOURAÇADO POTEMKIN: Resenha sobre o filme de Eisenstein

Em 1925, o cinema caminhava silenciosamente para a sua terceira década. Até então, Griffith já havia criado a primeira revolução cinematográfica causando más interpretações a uma plateia que se assombrava com o expressionismo alemão e ria das situações e caretas de Charles Chaplin e Buster Keaton. As histórias em quase todos os casos eram simples, porém aos poucos leves marretadas de subjetividade eram inseridas nos filmes para população. Como uma das principais figuras desta ação temos Sergei Eisenstein e sua bela obra “O Encouraçado Potemkin”. A narração é simples e direta, retratando cada movimento influenciado pela Revolta do Couraçado Potemkin na Revolução Russa de 1905, porém Eisenstein a contou e picotou de forma revolucionária com uma montagem inovadora e que ditou os caminhos a serem seguidos no cinema. O contraste existente na história, no caso, a disputa entre proletariados e as classes burguesas, é mantido ativo durante toda a película com cortes aleatórios e rápidos entre ações, expressões e objetos. Tudo é importante para o resultado final, talvez uma forma subjetiva de defender os conceitos do partido Comunista. E para enfatizar esta divergência, a fotografia em preto e branco (limitada pelas tecnologias da época) caiu como uma luva. O povo russo ganhou ares de esperança em cada tomada clara, ao mesmo tempo que se mostrava perdido nos momentos de escuridão. Junto a limitada, porém rica paleta de cores, temos excepcionais enquadramentos, perfeitos nos detalhes de olhares esperançosos e movimentos tensos nos momentos de disperção da multidão. Tensão. Eis a palavra que praticamente define o filme. Somos introduzidos e apresentados a acontecimentos de uma forma tão dramática, que torna ainda mais realista a situação ali apresentada. “O Encouraçado Potemkin” narra a história dos marinheiros do navio Potemkin, insatisfeitos com a forma que são tratados no trabalho. Com a condenação à morte por parte de alguns marinheiros, uma revolta é criada e assim a queda dos seus superiores. Isto em resumo da obra-prima política e visualmente perfeita criada por Sergei Eisenstein.

BLUR: Overdose britânica na medida no show em São Paulo

O relógio marcava 5 horas da tarde e o belo Sol, que dominou todo o festival Planeta Terra, já dava indícios de sair de cena e deixar uma linda Lua reinar sobre a noite. Enquanto isso, eu tomava minha última cerveja, poderia ser chá, mas o calor pedia algo mais gelado, e esperava o Blur. Na real, desde o primeiro boato de internet sobre o show do quarteto britânico em terras tupiniquins. Eram 21:35 quando os primeiros acordes de um hipnotizante teclado invocavam o hit “Girls & Boys”. Não houve sobreviventes, pelo menos bem la na frente, onde toda a multidão pulou a música inteira. Aproveitando a explosão inicial, Damon Albarn refrescava a plateia jogando água, enquanto Graham Coxon puxava o riff de “There’s No Other Way”. Alex James guiava toda a banda com seu baixo hipnótico e se mostrava o membro da banda mais feliz por estar ali. “Sábado a noite no Brasil!”. Damon é um vocalista muito carismático e sabia como ninguém entreter o público. Sua figura dominava cada canto do palco em que ele pisava. Então tivemos “Beetlebum”. Graham Coxon, quem eu considero a alma do Blur, era um deus da guitarra no canto direito do palco. Seus barulhentos solos massageavam o cérebro e nos induzia a insanidade musical. Barulhos e microfonias perfeitamente criados para aliciar o público a viagens que ultrapassariam as barreiras do Planeta Terra e por que não, do campo de Marte, aproveitando a piada pronta. Muitos disseram que a sequência “Out of Time, “Trimm Trabb” e “Caramel” serviu para esfriar o público. Não, ali eles mostraram que o Blur é muito mais do que uma banda de inúmeros hits MTV nos anos 90. Mostraram que são uma banda que acerta em seus experimentos químicos e que alcança com sucesso os extremos da perfeição do rock alternativo. A banda fez o público voltar a pular com “Coffee and TV”, preguiçosamente perfeita nos vocais Graham Coxon. Em seguida, “Tender”. Balões subiram no ritmo do vocal da plateia que ecoava pelo Campo de Marte os versos “oh my baby, oh my baby, oh why, oh my!. Com certeza, o momento mais belo do festival. A energia do público veio à prova com “Country House” e “Parklife”, com o ator Phil Daniels nos vocais e com sua cômica presença de palco. “End of a Century” e “This Is a Low” deslizaram as mentes para a saída da banda. Damon Albarn deu um tímido adeus. No bis, o Blur tocou o mais recente sucesso da banda, a bela “Under The Westway”, dominada por bolas gigantes que mudavam de cor a cada espalmada de alguém da plateia. Em seguida, a britânica “For Tomorrow” que naquele momento, transpirava os ares da noite paulistana. “The Universal” soou calmamente. Damon Albarn encarava o público. Parecia feliz. Era o final do show do Blur? Não. Phil Daniels voltou ao palco e Dave Rowntree iniciou o famoso riff de bateria de “Song 2″. O público reconheceu e gritava “woo, hoo!“. A banda terminou sua passagem pela América Latina entregando uma bomba ao público, que aceitou e não parou de cantar um minuto. A passagem do Blur pela América Latina, que soa mais em comemoração do retorno da banda, foi incrível. Mostraram que estão prontos para retornarem ao posto de gigantes do rock alternativo. Agora, precisamos de um novo disco e pelo jeito, ele irá sair logo. Esperamos que um retorno ao Brasil esteja nos planos da banda mais britânica de todos os tempos.

BECK ODELAY – 101 DISCOS DE ROCK ALTERNATIVO

Beck veio ao mundo comercial em 1994 quando estourou com o single “Loser”. Mesmo com seus álbuns apresentando a fuga do comum, ele foi aceito. E seu primeiro hit classificado como um dos hinos da década de 90. Até que em 1996 chegou às lojas, Odelay, o segundo disco de Beck para um grande selo. Talvez seu trabalho mais munificente. Um álbum que consegue apurar com o mesmo brilhantismo gêneros como rock, hip-hop e folk. O álbum que mostrou ao mundo que o jovem garoto de 1994, era um gênio. O querido camaleão (homenageando David Bowie) dos anos 90. Odelay contou com a produção dos Dust Brothers, responsáveis pela obra Paul’s Boutique dos Beastie Boys. E a parceria com Beck, se mostrou uma miscelânea de criatividade poucas vezes vista no meio musical. A laureada “Devil’s Haircut” abre o disco com maestria. Riff pesado, batida dançante. Primorosamente seguida do riff combalido de “Hotwax“, que melhor pode ser classificada como uma música dos Beastie Boys após passarem 1 semana na fazenda. O disco segue com sua perfeição. Ou melhor, majestosas imperfeições, como “Lord Only Knows“. Mas este é o propósito de Beck. Fugir, machucar, abater. A comprovação? “The New Pollution“, um sussurro beatlemaníaco feito para as rádios da madrugada sem sintonizações. O violão inseguro intercala acordes com as batidas do hip-hop. A gaita grita por “Jack-Ass“. O funk fustiga por “Where It’s At“. Isso sem citar “Sissyneck“, “Readymade” e “High 5“, cada uma sonoramente perfeita para as mais diversas horas do dia. Melodicamente eclético, Odelay é mais uma obra-prima moderna. Fresco para os ouvidos atuais, revolucionário para quem pode acompanhar cada acorde em seu exato momento do seu lançamento.