quarta-feira, 11 de novembro de 2015

BECK ODELAY – 101 DISCOS DE ROCK ALTERNATIVO

Beck veio ao mundo comercial em 1994 quando estourou com o single “Loser”. Mesmo com seus álbuns apresentando a fuga do comum, ele foi aceito. E seu primeiro hit classificado como um dos hinos da década de 90. Até que em 1996 chegou às lojas, Odelay, o segundo disco de Beck para um grande selo. Talvez seu trabalho mais munificente. Um álbum que consegue apurar com o mesmo brilhantismo gêneros como rock, hip-hop e folk. O álbum que mostrou ao mundo que o jovem garoto de 1994, era um gênio. O querido camaleão (homenageando David Bowie) dos anos 90. Odelay contou com a produção dos Dust Brothers, responsáveis pela obra Paul’s Boutique dos Beastie Boys. E a parceria com Beck, se mostrou uma miscelânea de criatividade poucas vezes vista no meio musical. A laureada “Devil’s Haircut” abre o disco com maestria. Riff pesado, batida dançante. Primorosamente seguida do riff combalido de “Hotwax“, que melhor pode ser classificada como uma música dos Beastie Boys após passarem 1 semana na fazenda. O disco segue com sua perfeição. Ou melhor, majestosas imperfeições, como “Lord Only Knows“. Mas este é o propósito de Beck. Fugir, machucar, abater. A comprovação? “The New Pollution“, um sussurro beatlemaníaco feito para as rádios da madrugada sem sintonizações. O violão inseguro intercala acordes com as batidas do hip-hop. A gaita grita por “Jack-Ass“. O funk fustiga por “Where It’s At“. Isso sem citar “Sissyneck“, “Readymade” e “High 5“, cada uma sonoramente perfeita para as mais diversas horas do dia. Melodicamente eclético, Odelay é mais uma obra-prima moderna. Fresco para os ouvidos atuais, revolucionário para quem pode acompanhar cada acorde em seu exato momento do seu lançamento.

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